Oi, gente! Tudo bem?
No final do ano passado soube que o Multishow exibiria um documentário bastante especial no primeiro dia de 2014: era o “Something New“, do Paul McCartney.

Capa do CD “New”. Imagem: reprodução
Infelizmente não tenho o canal em meu quarto, onde costumo ver TV e teria de expulsar a família inteira da sala, o que também nem era certo, então vi que ficaria sem a oportunidade de saber como foi o processo de gravação e produção do mais recente álbum do músico, “New”.
Mas aí que a internet é um mundo maravilhoso e semana passada alguém lá no grupo do Paul McCartney que participo no Facebook disponibilizou o link para assistir. Já legendado. Sem comerciais. Ah, pronto, era a minha chance de ver com calma e ter o arquivo aqui comigo.
Baixei na hora e agora conto o que achei. Todo mundo pronto? Podemos começar, titio Paul? Tem atualização no final do post!

Imagem: reprodução
Independente de ser fã do britânico, acho que os amantes da música vão gostar muito desse filme. Ele é curto, tem menos de 1 hora e mostra desde como Paul escolheu os quatro produtores para seu trabalho (sim, quatro, ele não conseguiu decidir por um só): Mark Ronson (que tocou no casamento de McCartney e ficou bastante conhecido por trabalhar com Amy Whinehouse em Back to Black), Paul Epworth (responsável por “21”, da Adele e de álbuns do Bloc Party e Florence and the Machine), Ethan Johns (de CDs mais rock e folk, como Kings of Leon, Joe Cocker e Ray Lamontagne) e por fim, Giles Martin, filho do lendário George Martin (sim, O produtor dos Beatles) e que já havia produzido o “Love”, feito em parceria com o Cirque du Soleil.
Mesmo com essa mistura toda, um não interferiu no trabalho do outro e acabou evidenciando um lado mais moderno do músico, ao mesmo tempo em que seu histórico nos Beatles, Wings e carreira solo não são deixados de lado. Ou seja, é Paul McCartney, porém ainda melhor e mais atualizado, sabem?
Nesse documentário, dá para ver como o britânico compõe suas canções, sua participação em cada detalhe do álbum, o papel da banda que o acompanha há mais de 10 anos e a importância das apresentações ao vivo na América do Sul e México. Sim, não há menção de shows europeus e americanos, TODAS as imagens deles com o público são da última passagem por aqui e pelo México, por exemplo.
Na verdade, a única parte em que eles mostram a presença de Paul McCartney em solo europeu (além do estúdio, claro) é quando ele recebe um título de nobreza na França. Aliás, falando em estúdio, eu diria que grande parte de “Something New” se passa lá dentro, ou seja, a música sempre foi o foco aqui.
Os músicos que acompanham McCartney dão vários depoimentos sobre a energia e disposição que o músico tem, tanto para o trabalho de gravação, como para se apresentar ao vivo, para grandes multidões. E destacam a vitalidade e amor de Paul pela música, além da vontade de estar próximo às pessoas, sem se tornar um ser inacessível (e fica mais difícil não se encantar com Abe Laboriel Jr.).
Se você procura por detalhes pessoais dos músicos, esqueça. Esse documentário não foi feito para isso. Eu, particularmente, achei ótimo. É fácil de ser compreendido, leve, tem momentos divertidos e a gente se sente mais próximo dele. E gostei de ver que o próprio Paul McCartney não se trata como um deus, gosta de ser criativo, perfeccionista e aberto às novidades.
Todos dizem que ele deixa as pessoas à vontade para trabalhar, mas sempre busca a inovação. E por mais que todos estejam acostumados com ele (principalmente a banda), às vezes eles mesmos se surpreendem e pensam “Mas você é O Paul McCartney!”, então o lado fã também permanece.
Aliás, falando em fanatismo, achei ótimo quando mostram Paul com músicos como Stevie Wonder, Bruce Springsteen, Dave Grohl e Brian Wilson e ele mesmo afirma que precisa conter o lado fã e a vontade de pedir um autógrafo para esses músicos. Mas como um típico inglês, ele é formal demais para isso. Hahahaha
Caso tenha ficado curioso para ver “Something New”, vale clicar AQUI procurar alguma reprise no canal ou entrar em contato com o Multishow. E delicie-se com quase 50 minutos de música da maior qualidade. Titio Paul aprova e recomenda, né?

Imagem: reprodução
ATUALIZAÇÃO: gente, o link que sugeri aqui para verem não está mais disponível, a gravadora que faz os trabalhos do Paul no Brasil o bloqueou. Não sabia que era ilegal divulgar, então fica aqui minhas sinceras desculpas por isso.
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